A Barbeito é hoje liderada por Ricardo Diogo, neto de Mário Barbeito de Vasconcelos, que fundou a empresa Vinhos Barbeito em 1946. A empresa começou por comprar vinhos velhos e dessas aquisições ainda têm alguns nos seus stocks. Também Manuela Vasconcelos, mãe de Ricardo, comprava alguns vinhos mais antigos a pessoas amigas e conhecidas e os guardava.

Mas Ricardo Diogo, apesar de apreciar imenso essas relíquias, que conhece bem, cedo se lançou a inovar, a fazer vinhos Madeira diferentes, muitas vezes mesmo contra a corrente. A Barbeito faz hoje vinhos modernos, não esquecendo nunca as técnicas tradicionais. A modernização não parou mais, sobretudo a partir de 1991, ano em que a família Kinoshita, amigos da casa e seus distribuidores no Japão desde 1967, entrou para a sociedade, e apostaram na sua modernização. Será a partir da vindima de 1992 que não mais vão parar de inovar, fazer experiências, levando a empresa ao sucesso. Em 2008 foi construída uma moderna adega, na zona de Câmara de Lobos, com tecnologia de ponta, mas também uma tradicional sala de barricas para o envelhecimento dos vinhos. Na mesma ocasião foi feita uma autêntica revolução na imagem dos vinhos, com rótulos modernos, irreverentes, por vezes mesmo provocadores, que se têm revelado de grande sucesso. Mas a Barbeito não esquece nunca a tradição destes vinhos de eleição, e por isso continua a preparar lotes especiais que tem apresentado no mercado. Uma vez mais com grande sucesso. Também tem feito um grande trabalho a partir da casta Tinta Negra, nem sempre apreciada no passado, com resultados por vezes surpreendentes. Como um dia disse Ricardo Diogo: “O que eu mais gosto nesta variedade de uva é o facto de ninguém gostar dela”. Sempre em contra mão, a liderar uma empresa madeirense de sucesso, agora também a produzir um vinho branco tranquilo, a partir da casta Verdelho, da colheita de 2017. 

O sucesso continua…